Alfred Eisenstaedt Life, Paris, 1963.

"Children reacting to the story of "Saint George and the Dragon," the moment the dragon is slain, at the Guignol puppet show, Parc de Montsouris in the Tuileries, Paris, France.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Universidade Federal do Rio de Janeiro Programa de Pós-Graduação em Comunicação Linha: Tecnologias da Comunicação e Estéticas Curso: Ensaio audiovisual, montagem e o espectador-montador – 2º sem. 2011 Professores: Consuelo Lins e Luiz Rezende. Horário: Quarta-feira, 11 às 13 horas.

O curso se divide em três módulos: o primeiro parte das reflexões do filósofo francês Jacques Rancière em O espectador emancipado para discutir a noção de espectador na tradição do cinema e em certas práticas da arte contemporânea; o segundo aborda diálogos, confrontos e misturas entre dispositivos documentais e dispositivos artísticos, focalizando estratégias extraídas de ambos os campos artísticos para propiciar outras maneiras de se relacionar com imagens em movimento, redefinindo temporalidade, espaço, narrativa e impondo modificações à interação mental e corporal do espectador. O terceiro módulo retoma discussões sobre o gesto de apropriação de imagens e documentos no documentário ensaístico contemporâneo para aprofundar a noção de um “espectador-montador”.


Bibliografia:

COMOLLI, J. L. Ver e poder: a inocência perdida – cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: UFMG, 2008
LA FERLA. Las prácticas mediáticas predigitales y postanalogicas. Meacvad_08. Buenos Aires: Nueva Libreria, 2008.
LEIGHTON, T. (org.). Art and the moving image. Londres: Tate Modern, 2008,
MACIEL, K. (org.) Transcinemas. Rio de Janeiro: Contracapa, 2009.
RANCIERE, J. O espectador emancipado. Lisboa, Orfeu Negro, 2010.


Programa:


1. A partir das reflexões do filósofo francês Jacques Rancière em O espectador emancipado, discutir a noção de espectador na tradição do cinema (cinema clássico, moderno e contemporâneo) e em certas práticas da arte contemporânea.

Bibliografia:


BENJAMIM, W. “O autor como produtor”, in Walter Benjamim, Obras Escolhidas, Magia e técnica, Arte e política. São Paulo: Brasiliense, 2008.
COMOLLI, J. L. A inocência perdida: cinema televisão, ficção, documentário. Prefácio+Retrospectiva do espectador.
RANCIERE, J. O espectador emancipado. Lisboa, Orfeu Negro, 2010.
MACIEL K. (org.) Transcinemas. Rio de Janeiro: Contracapa, 2009, pgs. 327-340.

Outros textos que podem interessar:

AUMONT, J. “O filme e seu espectador”, in A estética do filme. Campinas: Papirus, pp. 223/285.
AUMONT, J. “A parte do espectador”, in A imagem. Campinas: Papirus, 1993, pp 77/134.
LABARTHE, A. “Prefácio”, in BAZIN, A., Orson Welles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006, pp. 07/12.


2. Dispositivos documentais, dispositivos artísticos: diálogos, confrontos, misturas.

Bibliografia:


CAMPANY, D. “When to be fast? When to be slow?”, in Campany, D., The cinematic, Documents of Contemporary Art. Londres: Whitechapel, 2007, pp 10/17.
ALZUGARAY, P. O artista como documentarista. Dissertação de mestrado. São Paulo: ECA/USP, 2008.
LA FERLA. Las prácticas mediáticas predigitales y postanalogicas. Meacvad_08. Buenos Aires: Nueva Libreria, 2008.
BELLOUR, R. “A interrupção, o instante”, in Entre-imagens. Campinas: Papirus, pp 126/155.
PAINI, D. Le temps exposé. Paris: Cahiers du cinema, 2002.
AGAMBEN, G.: “Difference and repetition: on Guy Debord’s films”, in T. Leighton (org.) Art and the moving image. Londres: Tate Modern, 2008, pgs. 328-33.
DANEY, S.: “From movies to moving”, in T. Leighton (org.) Art and the moving image. Londres: Tate Modern, 2008, pgs. 334-339.
LEIGHTON, T.: “Introduction”, in Tanya Leighton (org.), Art and the moving image. Londres: Tate Modern, 2008, pgs. 7-40.
ROYOUX, J. C.: “The time of re-departure: after cinema, the cinema of subject”, in T. Leighton (org.) Art and the moving image. Londres: Tate Modern, 2008, pgs. 340-354.
LINS, C.: “Rua de mão dupla: documentário e arte contemporânea”, in Kátia Maciel (org.) Transcinemas. Rio de Janeiro: Contracapa, 2009, pgs. 327-340.
MACIEL, K. (org.) Transcinemas. Rio de Janeiro: Contracapa, 2009.


3.Desmontar/remontar: a apropriação de imagens e documentos no documentário subjetivo contemporâneo: filmes autobiográficos, ensaios, cartas e diários fílmicos.

Bibliografia:


BLUMINGUER, C. Lire entre les images, in: L'essai et le cinéma. Paris: Ed. Champ Vallon, 2004.
DIDI-HUBERMAN, G. L’oeil de l’histoire, Remontages du temps subi T2. Paris: Les Editions de Minuit, 2010.
DURAND, R. “Le document, ou Le paradis perdu de l’authenticité, in Disparités, Essais sur l’experience photographique. Paris: Editions de La Difference, 2002.
FELDMAN, I., MOURAO, P. (org.) David Perlov, epifanias do cotidiano. São Paulo: Centro de Cultura Judaica, 2011.
FAROCKI, H. Working on the sightlines. Amsterdam University Press, 2004.
MOURAO, M. D., BORGES, C. E MOURAO, P. Harun Farocki: por uma politização do olhar. São Paulo: Cinemateca Brasileira, 2010.
MOURE, J. Essai de définition de l’essai au cinema, in: L’essai et le cinéma. Paris: Ed. Champ Vallon, 2004.
WEINRICHTER, A: “Un concepto fugitivo. Notas sobre el film-ensayo”, in LA FERLA, J (org), Las prácticas mediáticas pré-digitales y postanalógicas. Buenos Aires: Meacvad, 2008.
WEINRICHTER, A. (2009) Metraje encontrado. La apropiación en el cine
documental y experimental, Gob. de Navarra, colecc. Punto de Vista, Pamplona.
LINS, C., FRANÇA A., REZENDE, L. A.. “A noção de documento e a apropriação de imagens de arquivo no documentário ensaístico contemporâneo”, in Galáxia, Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica ISSN 1982-2553, v. 11, n. 21 (2011): http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/5597
MACHADO, A. “O filme-ensaio”, in Concinnitas. Rio de Janeiro: v. 4, n. 5, p. 63-75, 2003 www.intermidias.com/txt/ed56/Cinema_O%20filmeensaio_Arlindo%20Machado2.pdf